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Em clima de olimpíadas, o esporte tem sido o assunto da vez na maioria das mídias de comunicação. Mesmo quem não aprecia assistir ás provas não pode deixar de admitir que na força que é exercida, denotando músculos e formas, há certa beleza. Nos faz refletir em como o corpo humano pode ir longe, ultrapassando limites e nos proporcionando façanhas inimagináveis. Mas mesmo com muito treinamento e perseverança há um fator crucial a ser considerado para o sucesso de um, atleta: a saúde muscular.

Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.

O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das fibras musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar o oxigênio proveniente da circulação para o metabolismo oxidativo.

Os músculos representam 40-50% do peso corporal total. Os músculos são responsáveis pela produção dos movimentos corporais como andar e correr, também pela estabilização das posições através da contração dos músculos esqueléticos, que estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar. A regulação do volume dos órgãos também é de responsabilidade muscular, como o aspirar e expirar dos pulmões ou o bombeamento do sangue pelo coração. O movimento de substâncias dentro do corpo: as contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. E por último, mas não menos importante, a produção de calor. Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.

Quando fazemos força além do que um determinado grupo muscular está habituado, as fibras que formam o tecido se rompem, microscopicamente, a regeneração do tecido, ou seja, o crescimento de novas fibras, confere ao músculo volume, enrijecimento e volume. Conforme o músculo se acostuma com a nova força, novos esforços são necessários, assim ele vai aumentando de tamanho e capacidade, progressivamente. É este processo que faz o primeiro dia de exercícios físicos parecer uma tortura, os primeiros meses são uma completa remodelagem da estrutura muscular.

Os músculos masculinos possuem naturalmente as fibras mais rígidas e em maior quantidade, por este motivo os homens possuem os músculos bem denotados, na maioria dos indivíduos. Enquanto nas mulheres a quantidade de tecido adiposo (gordura) é maior, conferindo a elas formas menos angulares e mais arredondadas.

É necessário sempre contar com a orientação de um profissional e hábitos de alimentação saudáveis, a quebra das fibras musculares sem o devido cuidado pode gerar rupturas e distensões, que além de causar muita dor pode levar o músculo a ineficiência.

Reprodução_Google_Distensão_Muscular

Reprodução_Google_Distensão_Muscular

Onde a busca pelo corpo perfeito se instala, muitas vezes, a imprudência traz consequências ruins de brinde. A prática de exercícios sem o devido acompanhamento profissional pode fazer com que os resultados desejados venham a um custo muito alto. Quando levantamos peso ou fazemos um mesmo movimento repetidas vezes, as fibras musculares se rompem, a cicatrização dessas fibras fazem os músculos ficarem maiores e mais rígidos.

O estiramento muscular, popularmente conhecido como distensão, ocorre quando o músculo se estica além de sua capacidade natural, gerando a ruptura das fibras mais sensíveis ou mais fracas to tecido muscular. Quanto mais lesionada a fibra estiver maior a probabilidade dela sofrer um estiramento, podendo ocorrer em todo o músculo, dependendo da situação.

O primeiro sinal de estiramentos é uma dor súbita durante a um treino esportivo e algumas vezes acompanhado de uma sensação de estalido. A intensidade da dor é variável e geralmente provoca desequilíbrio e interrupção do movimento. Os sintomas que podem ser observados depois são: deficiências de flexibilidade, desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas, lesões musculares que não melhoram, distúrbios nutricionais e hormonais, infecções e dificuldade de coordenar movimentos.

Existem grupos musculares mais propensos a este tipo de lesão, como os músculos posteriores da coxa, os da panturrilha, a musculatura interna da coxa e o músculo anterior da coxa. Estudos indicam a junção músculo-tendão, também conhecida como região distal do ventre muscular, como o principal local da lesão. Mesmo assim, é bom deixar claro que qualquer ponto do músculo é suscetível ao estiramento.

A distensão muscular varia de acordo com a gravidade, elas podem ser classificadas em:

  • Ligeira: provoca dor e rigidez durante o movimento e dura alguns dias;

  • Moderada: provoca pequenas lacerações musculares, inchaço e a dor é mais extensa, com duração variável entre uma e três semanas;

  • Grave: o músculo fia lacerado ou sofre ruptura, podendo haver hemorragia interna significativa, inchaço e calor em volta do músculo, podendo haver perda da função.

Para tratar a distensão é necessário repousar o membro afetado, fazer uso de anti-inflamatórios, gelo e fisioterapia. A fisioterapia deve ser iniciada o quanto antes para garantir o retorno à rotina usual o mais rápido possível. Para evitar essa incômoda situação, deve-se manter o músculo devidamente fortalecido e alongado.